terça-feira, 19 de maio de 2009

Hora de balanço: *Património da gestão de esquerda em Lisboa* - parte dois

3. Arrojo na concepção e implementação de uma cidade humana

· Abolição dos mais gritantes e insuportáveis flagelos sociais e humanos, com particular relevância para as corajosas políticas de erradicação dos bairros de barracas e Casal Ventoso.

· Mesmo que eleitoralmente desaconselhada, estas medidas mobilizam os que sabem ser indispensável romper com o ciclo de pobreza, miséria e ignomínia, que não toleram os problemas associados de saúde pública, de privação de água canalizada, de recolha e tratamento de esgotos, que empurra para a marginalidade, que priva todos de oportunidades e condena à desmotivação.

· Foram criados os primeiros centros de acolhimento temporário, para pessoas carenciadas e sem alternativas de habitação e sustentabilidade. Foram concretizados os primeiros programas de terapia de substituição para desintoxicação de toxicodependentes.

· Em muitos destes espaços concretizaram-se projectos de modernização e infra-estruturação da cidade: O Parque da Bela Vista (onde se realiza o festival “Rock-in-Rio”) e o campo de Golf contíguo; a Alta de Lisboa; o túnel do Rego que liga esse Bairro ao Hospital Curry Cabral e área da Av. Berna); muitas das áreas da CRIL, etc.

4. Dotação da cidade de equipamentos e infra-estruturas

. Cultura e lazer – Quinta pedagógica (Olivais), Parque dos Índios/Serafina e Centro de Educação Ambiental (Monsanto), DBteca, Videoteca, etc, novo Teatro Aberto, recuperação (com novas potencialidades) dos Teatro São Luís e Maria Matos, São Jorge e Cinema Roma (Fórum Lisboa), apoio à construção da Casa do Artista, Pavilhão do Casal Vistoso, Centro de Congressos de Lisboa, nova FIL, etc .

. Transportes – Mesmo que uma parte dos investimentos nesta área não sejam da responsabilidade da autarquia, esta não foi alheia à dinâmica e criação de condições para a sua concretização: Lisboa deixou de ter uma linha de metro bifurcada para 4 linhas, passou a haver comboio na ponte 25 de Abril, todas as linhas de comboio passaram a chegar à rede de metro.

. Acessibilidades rodoviárias – houve uma forte intervenção nesta área, no respeito pela concepção dos instrumentos de ordenamento do território, isto é, no princípio de desviar o trânsito de atravessamento do centro da cidade. Foram construídos os túneis da Av. João XXI, da Av. República (que afundou este eixo viabilizando o atravessamento no sentido transversal, desbloqueando em grande medida a Av. de Berna), no campo grande, foi construído o viaduto das Olaias (acesso da cidade a Chelas e Marvila), da Rotunda do Relógio, o prolongamento da Av. EUA, criada/reestruturada a Av. Infante D. Henrique (entre o cruzamento do Batista Russo e o IC2/variante à Nacional 10/nova entrada em Lisboa), construção do Eixo Norte/Sul entre Telheiras e a Ponte 25 de Abril (alterando a concepção original de ser um eixo de atravessamento da cidade para passar a ser também um eixo distribuidor, passando a ter cerca de duas dezenas de entradas e saídas em vez das duas do projecto original), construção da Rua General Correia Barreto (Variante de Benfica, de acesso à CRIL e IC19, retirando o trânsito de Benfica); nova Av Lusíada (entre o Hospital Santa Maria Av. cidade de Praga), viadutos de acesso ao Rio (já referidos, de Pedrouços, junto à Torre de Belém, e no prolongamento da Av. Infante Santo), viaduto sobre Santa Apolónia (ligação da Av. Mouzinho de Albuquerque à Av. Infante D. Henrique, entre outros.

. Educação – Houve uma verdadeira revolução ao nível das infra-estruturas escolares na cidade. Para se ter uma noção do ponto de partida, há que ter em conta que no início do mandato havia escolas do primeiro ciclo na cidade que não tinham sequer telefone – em caso de acidente com uma criança, não era possível chamar uma ambulância e/ou avisar os encarregados de educação.

. Habitação – 3 eixos mais relevantes já referidos: erradicação de Barracas, casal ventoso e Reabilitação Urbana.

. Ao nível da Segurança, foi contrariada a opção do governo central da construção das super-esquadras, construindo e disponibilizando instalações para a construção de esquadras de bairro.

. Foi implementada a rede de eco-pontos para a reciclagem.

. Foi feito um investimento muito significativo ao nível da recolha e tratamento de águas residuais.

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