domingo, 26 de abril de 2009

Está aberto o debate - Esquerda para Lisboa, sim ou não?

De quem é a culpa por não haver convergência de esquerda em Lisboa?


A notícia política de hoje é o lançamento pela Renovação Comunista da petição pela convergência de esquerda no município de Lisboa.
Ao contrário do que se possa pensar a não existência, até agora, de condições para essa convergência não é culpa exclusiva dos partidos à esquerda do PS. Antes pelo contrário.
Apesar da deriva sectária que atingiu há uns anos o PCP (ainda ontem pus no Google news “convergência esquerda Lisboa” e só apanhei notícias do Chaparro e do Jerónimo a dizer que a única coligação que faziam era a CDU), apesar do BE ter sido incompreensivelmente o primeiro (o único?) partido a escrever nas suas resoluções oficiais que não faria coligações em Lisboa, o PS e António Costa, por ser o partido mais votado e sobretudo por ser o Presidente da Câmara é quem tem mais margem de manobra mais responsabilidades. Não mexeu até hoje, em concreto, uma palha para que tal acontecesse.
Por exemplo: Helena Roseta fartou-se de repetir que não se poderia coligar porque a lei não permite coligações entre partidos e movimentos. Se António Costa ou o PS quisessem faziam um movimento de cidadãos “Unir Lisboa” e o PS desistia de apresentar listas próprias.
BE e PCP, que estão fundamentalmente preocupados com a proximidade das eleições legislativas e autárquicas, teriam desta forma, com o símbolo do PS afastado, um incentivo extra para começarem a debater um programa para Lisboa, podendo ainda negociar, como fez o PCP com o PS em 2001, a não aparição dos secretários gerais dos partidos na campanha, etc, etc.
A verdade é que a não convergência da esquerda no município de Lisboa pode ter como consequência a vitória de Santana Lopes, mas faz uma enorme pressão de voto útil, o que prejudica o PCP, mas sobretudo o BE e a Roseta. Para o PS vale a pena o risco e quem se lixa somos todos nós.


Publicado por [Saboteur]

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